14.3.07

Monção

back to the land of
the (eternal) monsoon. home sweet ho
lland.
see you in a bit.

4 comentários:

AP disse...

Mas a Holanda não são pregos, ou são???

eradumvelhinho disse...

"Com pregos faz-se uma casa
sem pregos soltei a minha asa
um prego no pão com maionese
ali para o padre da diocese.

Holanda, Holanda aqui vou eu
onda estavas quando precisei de ti?
Fosse a Julieta assim para o seu Romeu
não precisava eu que estivesses aqui.."

Anónimos, Séc. XVIII

H. Cardoso disse...

Ainda me hão-de explicar onde é que vêem os pregos... então não se vê logo que isto é uma fonte daquelas jeitosas que parecem um dente-de-leão? Mas, meu caro Maciel, mais uma vez nos fascinas com a tua erudição. O poema que nos envias é um exemplo maior da poética do séc XVIII, mas repare-se no esquema rimático AABB CDCD, assimétrico e como tal inovador, avant-la-lettre (o que as minhas profs da faculdade gostavam de dizer "avant-la-lettre"!). E os temas, clássico e bucólico simultaneamente, são bem a prova viva do génio desse que conhecemos pelo pseudónimo de "Anónimos" mas que se sabe agora ser Francisco Carrapito Simões poeta de Nelas. Uma delícia.

AP disse...

É do mais maravilhoso que tenho visto nos últimos tempos. Repare-se a referência às realidades históricas desaparecidas nos nossos dias mas tão próprias do século VIII como a maionese.