11.4.07

Válvula


ou,
um post onde se possa coment
ar, celebrar ou lamen
tar a discussão que se desen
rola no anterior
"De tarde".
sintam-se em casa, estejam à vontade
para dizer o
que vos aprouver.
.
to all unlusophone readers:
bear with us for a wh
ile longer
something other-worldy is taking place in this bl
og right now
. please check back later for
post-folly words
of wisdom.

9 comentários:

AP disse...

Caro Herlindo Cardoso,

É com a maior mágoa que sou forçado a escrever-lhe. V/ Excelência criou um postâncio como forma de afastar o profícuo debate sobre a literatura pátria do século XIX, assumindo claramente que o único propósito do postamento é silenciar as vozes dissidentes que pouco a pouco vão ocupando o panorama literário.

Tal conduta deve merecer a mais profunda reprovação do mundo científico, já que é imbuída de um espírito anticultural e castrador do desenvolvimento cultural.

Já dizia Raquel Trindade:
"Começas a cortar o papel
Pareces parvo, oh Miguel
Se fazes outro pincel
Ponho-te a trabalhar no bordel."

H. Cardoso disse...

Caro colega, permita-me uma correcção. Não se destina este postâncio a abafar a nossa interessantíssima querela no postâncio anterior, embebida de tudo o que há de mais nobre e valoroso no mundo da ciência, mas sim a dar voz àqueles que se sintam desconfortáveis, porventura ameaçados pela nossa erudição e como tal se privem do seu direito de expressão. A populaça portanto, creio que compreenderá. Sabe o estimado doutor que nem todos neste mundo atingem os nossos picos de conhecimento e oratória. É certo.

AP disse...

Revestirá, destarte, a postação onde nos encontramos o papel de palco de convívio da plebe.

Compreendo a opção do insigne proprietário do blogamento: pretende revestir-se de vestes liberais e de preocupações sociais, fornecendo à ralé momentos de confraternização erudita, onde poderão comparar as virtudes do super pop limão com as qualidades impressionantes do fairy ultra.

Estou rendido à técnica de divulgação da poesia, pois criando as condições para que o zé-povinho adquira produtos de limpeza está no fundo a introduzir as mais belas obras literárias em lares onde nunca antes esta tinha penetrado. Estou certo que aqueles que hoje tresandam a café do povo, em breve descobrirão a poesia subliminar que subjaz às indicações técnicas da lixívia perfumada.

Aplaudo e curvo-me perante Herlindo Cardoso, a quem devo o mais sincero pedido de desculpas, não sem antes concluir que o nível de erudição da postância presente implicará já uma nova postaliagem, essa sim reservada à populaça.

AP disse...

Já agora, não me levará a mal se lhe perguntar a razão dos 4 vegetais a que o povo chama tomates? Estará talvez a referir-se à fertilidade das ovelhas em flor de que tão bem falava Pires no seu soneto de 1874, que o próprio declamou no BigBrother, quando foi expulso da casa?

Arlindo Pascoais

eradumvelhinho disse...

I will put here a little poem (for the people who don't understand Portuguese) from a great poet from Portugal. His name is Joaquim Pires and he lived during the 18th century.

"Tonight I will make a pancake
so my Dear can sleep better.
I can also write a letter.
Or.. maybe you prefer a cake?

Tomorrow we can go shopping
and I will take you everywhere.
Caution my Dear! You are aware
that Gurugo is still waiting!

Don't worry my Love. I'm prepared
for everything that he will try.
Don't look at him. Instead, look how bright
is my love for you and turn your head"

The name of this poem is "My Love and the other guy" and still remains unclear, who was "My Love".
There were already many studies and thesis, but none of them explained (with solid proofs) who she was.

To end my missive, I can say that this poem was published in a small paper, that was delivered to the people from town "Condeixa, the new one" at the end of the Sunday mass.

Please forgive me for my English. I learned it through TV. In school I was obligated to learn Russian and Portuguese.

H. Cardoso disse...

Era o que eu temia. OhOhOhOhOhO...
This is what I feared. OhOhOhOhOhO...

[Os tomates, meu caro Arlindo Pascoais, são para uma salada. Em que é que estava a pensar?]

mb disse...

estas vossas doutas discussões literárias alimentam a boa disposição de qualquer!!continuem :)

H. Cardoso disse...

É um tónico, um bálsamo! Repito o que disse já a respeito das traduções do irmão eradumvelhinho: devia vir em frascos e ser vendido nas farmácias.

raquel disse...

Sinto tanto a vossa falta..
"I miss your lack so much"